Soneto do Amor Perdido

A m'alma é um mar em tormenta

Cor rubra que tinge a alvorada

Minha sede, do mar se alimenta

A fome é procurar você m'amada

Cai do céu gotas de puro sangue

Vermelho fogo uma dor imensa

Lavem meu corpo caído e exangue

Pelo motivo que você pensa

Na cova escura chamo teu nome

M’peito arde pela dor que o consome

Caem do céu flores do abandono

Mas chora meu poetar insone

Já não sofro pela dor da fome

Pois a perdi na escuridão do outono

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 26/02/2021
Reeditado em 06/03/2021
Código do texto: T7193773
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