ALMA AMADA...

Encostei o ouvido rente ao infinito

procurando auscultar algum

sonido tênue, familiar...

ecoando pela via transcendental...

Minh'alma rude sonar,

não sabe ouvir o sutil,

o vibrátil a ecoar,

sem espaço e atemporal!...

Alma amada...

Pousei os meus olhos no vago,

no neutro... aéreo... vazio...

tentando aprender a te ver,

volátil , leve, etérico...

No entanto, os meus olhos

não puderam te enxergar!...

Não sabe ver, meu olhar,

dessa dimensão, os domínios!

No entanto, estás aqui!

...Alma amada,

tua presença no ar...

Não te vejo...

Não te ouço...

E, nem preciso tocar!...

Somente, sei que chegastes!...

Somente, sei que aqui estás!...

Fui pelo astral te buscando,

dolorida...

alma em prece...

Por trilhas que eu não via,

no invisível vagando!...

Deus ouviu a minha prece,

pois permitiu que viesses a,

incorpóreo, ficar.

Pois sei que, agora chegastes!

Sim! Eu sei que aqui tu estás!

Maria Mercedes Paiva

Maria Mercedes Paiva Paiva
Enviado por Maria Mercedes Paiva Paiva em 16/11/2005
Código do texto: T72289