Castos Amores

Quando a língua sedenta cereja molhada

Na boca aveludada das tuas cavernas

Beijos apaixonados em cadência ritmada

Em todas as reentrâncias curvas externas

Quando se lavra com caricias o ventre macio

Como quem sem pressa se deixa ficar

Ávida serpente de um corpo sadio

Gemidos e promessa de um derradeiro amar

Rolam no leito em seda e plumas

Entre pétalas de rosas de um vermelho intenso

Corpos sentidos na fomentação das espumas

São dois seres se amando na sede do pensamento

Ao final da contenda são corpos exaustos

Quando da noite o final se avizinha

Seres imantados de castos amores

Como flores a dormir em doce conchinha

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 13/05/2021
Código do texto: T7254822
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