Soneto: Eu Não sou Nada!

O que somos senão poeira ao vento?

A suave lassidão que decai suprema

Ou talvez somente um ovo sem sua gema

Um farol iluminando o firmamento

O passado passou já faz algum tempo

O presente é o agora, é o meu problema

Futuro será criado em nenhum momento

Para ser feliz não adianta criar esquema

São enigmas que rompem as minhas amarras

Mesmo se o sol é poente ou é alvorada

Verdades terrenas não passam de piada

Todas as partes são o som de uma guitarra

A ilusão em mim já não faz a sua morada

Pois eu sei em meio a este tudo: Eu sou nada!

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 19/05/2021
Código do texto: T7259334
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