[...juntos então] (Dueto)


Amor,
No céu e na Terra...
Juntos, novamente, estamos...

Lembra...
De repente, você veio...
Se estava esperando ou não, não sei
Passou finalmente a noite que s'esticava
(Do tempo em que um d'outro escondíamos? Sei lá!)

[Você veio...
Cedeu-nos a Vida um reencontro
Despertando, então, nossas almas dormidas
Ai! Como pode ser chamada de "vida" um tempo
em qu'emoções não se sente?
Como poderá ser assim denominada
quando tragada seja
por somente
vazios?

Todavia, eis que agora
a mim se achegas...
e fica...

Fiquemos
...juntos então,
ó, meu amor

Na ilimitada morada do eterno espaço
D’um ontem
Que não temos nitidez,
...mas que em nós é realidade de´agora...
Calou-se tudo do que somente nossas vozes falavam
Todavia, não nos víamos...!
E como qu’embaladas pelas ondas místicas do cosmos...
... se prosseguiam... até ir ao encontro de cada

Dizei-nos, pois, ó Vida:
Tudo era então negro ou nossos olhos eis que fechados estavam?
O silêncio das imagens que não se mostravam
Mesmo neste dinâmico cenário em que tudo se move (embora não se via)
Mas que só nossas palavras então existiam
Astros escuros... num espaço em total breu
E somente nossas vozes
[Vozes que atravessaram o tempo-espaço
Emergindo do breu, do quântico vácuo,
Pra ecoarem em nós...

[...juntos então

Amor, seriam nossas vozes “iluminadas”?
Compreende minha pergunta, amor, visto que nossas vozes
uma à outra, encobertas pelo véu do tempo, se procuravam e se buscavam...
[E, até chegar à bendita hora em que se acharam
E a partir dest’hora não mais só se falavam,
como também se viam...
... e se tocavam

[...juntos então
Do abstrato
Ao táctil

Amor, meu amor

Quantas dualidades existem?
E caso existam de fato, aplicar-se-ia também ao amor?
Sim, pergunto novamente:
Existiria expressões diferentes de “tempo”?
Oh! Quantos “cenários” haveria... no tempo?

Nossos sentimentos, meu amor!... nossos sentimentos!...
Estamos vivendo uma “eterna adolescência”?
! Mas os mais maduros também não amam?
[Não esqueça que o amor é imortal, eterno
E tem nela a eternidade...
Mudando velhos e ultrapassados conceitos...
Repaginando antigas e estreitas
...crenças
Oh! Se o tempo não é um tempo que a gente pensa... ser o tempo
Ou se o tempo tem vários tempos
Quem sabe a gente tem um tempo (qu’estava “dentro” do tempo, ora pois!)
Ou então, aguardando-nos... (e esperando por nós)
E voltamos – nós dois- ao qu’era o começo (em que nel’estávamos)

Nós então não “fomos”...
Nós na verdade... “voltamos”...
Para vivermos intensamente estes nossos momentos

[...juntos então

Amor!
Se o tempo tem um corpo, o amor estaria, quiçá, no coração do tempo?
No calor a que ele, pois, gera em nossos peitos?
Como que n’uma estrela a fazê-la aquecer e brilhar... no espaço?
E tanto na estrela quanto em nós, uma “luz” a escrever uma estória... no tempo
Na realidade de nossa essência a se tecer nas tramas sei lá se do imaginário...
... ou d’outro lugar a que nomear não sabemos
Mas, o importante, é que nos achamos
(dentro do tempo... ou, mais ainda, no coração do próprio tempo)

[...juntos então

Sim, meu amor
Nossa estória a ser escrita no espaço-tempo de nossas ruas e esquinas (da vida)
E se prosseguem... infinitamente...
No amor que a partir dest’hora não mais conhece fronteiras
[...juntos então
Casa comigo?
[OUÇA EM TEU OUVIDO: EU TE AMO

Casa comigo?
[...juntos então






“H” e Juli Lima



















Bruno & Marrone - Quer Casar Comigo (Ouça)













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