DEUSA

Leio, leio, leio e leio,

nenhum poema é tão belo

quanto o teu meneio

de cabeça me dizendo

que é feio

dizer que me ama pouco,

que minha voz,

com esse tom rouco,

invade teu reino,

que teu coração é louco

por mim, que sou teu veio

de ouro, de luz, um sopro...

Fazes de.mim o teu amo,

de mim o teu amor infinito...

Sabes que por ti clamo,

teu nome alto grito...

Vaguei por estradas e encruzilhadas,

andei só, por este mundo, um dia;

cacei versos, corri atrás de palavras,

até encontrar em pessoa minha poesia...

Li, leio, releio, lerei,

és o poema que não me cansa...

Por ti muito amado sempre serei,

como a ti sempre amarei,

minha deusa criança...