Pra Lá de Bagdá

 

Todas as noites me ponho a sonhar,

Bate uma saudade pra lá de Bagdá.

Retrato emoldurado,uma foto antiga,

Lá você está com os olhos a brilhar.

 

Quando nos víamos tinha sintonia,

Desejo louco, febre alta, pura agonia,

O dia era pouco para tudo que existia,

Muito a falar, mas na noite não cabia.

 

Não se marcava encontro, ele se fazia.

Era surpresa, sempre que nos víamos,

Do meio-dia ao pôr do sol amor havia,

Muito amor, paixão e fantasia.