Dualidade

Nada se desfaz no tempo atoa.

Canções melancólicas que entoa

o meu verdadeiro eu esculpido.

O cúpido trás um amor irresistível.

Marcas das sombras desentoadas.

Algo estranho e incompreensível.

É difícil mensurar o tempo do amor.

Tudo aquilo que ele nos provocou.

Toda a sua virilidade, depois a dor.

As sensações que você deliciou.

Profundas marcas deixadas.

Tudo ou nada do que restou.

A existência metafórica iludida.

Instantes na memória dissolvida.

Momentos digitalizados da vida.

Lembranças que levaremos após

todas as nossas despedidas.

Somos aglomerado de memórias.

Histórias ficarão para sempre.

Em cada gesto e em cada glória.

Dualidade de uma alma simplória.

Um dia uma dedicatória de quem

só queria falar de amor.

Renato Rodrigues
Enviado por Renato Rodrigues em 22/01/2022
Código do texto: T7435054
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.