Evolução
Quando criança o sol nascia, brilhava a poesia no meu coração e na imensidão daquele ser tão frágil mamãe dizia ao cantar: “... Dorme neném que a cuca vai chegar/papai foi pra roça/mamãe vai trabalhar.”
O sol brilhava, mas de repente vinha uma nuvem e o cobria, eu dormia e o apelo de minha mãe inconsciente eu atendia.
Enquanto isso uma paixão minha alma invadia, eu acordava, chorava, logo alguém aparecia e eu de mais nada precisava reclamar.
O verbo amar no meu coração era poesia, cresci e acreditei que de amor eram meus dias que iam se passando e me absolvendo feito relâmpago antes do temporal que sobre a gente desaba e eu em busca da sobrevivência parti qual ovelha desgarrada na imensidão do meu próprio ser.