Me beijaram a boca e eu virei poeta

Pois me beijaram a boca e eu virei poeta

Beijo que selou minha alma, cálido , profundo

Trazendo meus verbos para o mundo,

Assim escrevo os meus rabiscos

Tornando sentimentos em tortos riscos

E me encontro com eles quando os vejo

Leio, reflito e vejo parte do meu espelho...

Pois me beijaram a boca e eu virei poeta

Jogando minhas letras pelo universo,

O amor nem sempre estando por perto

Seguia encantando alma e corações

Despertando ódios e falsas paixões

Mas nunca foi este o meu ensejo

E vi assim uma trinca no espelho....

Pois me beijaram a boca e eu virei poeta

Arranhei minha vida e o meu corpo

Deixando ferimentos e cicatrizes

Meu escrever as vezes causando vertigens

E tudo isso, eu digo, veio pra ficar,

Mas meu medo maior é o espelho se quebrar...

Gilson C.

Negro arcanjo
Enviado por Negro arcanjo em 20/12/2007
Código do texto: T785970
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