RAZÕES

Eu fui sim, por você. Por mim, também.

Precisava dar paz, ter paz,

e mostrar que alguém existe na sua vida,

de carne, osso, de pé e pescoço,

gente, como todo mundo,

que sorri, chora, sente dor e é feliz.

Quis que o seu Natal, tivesse calor.

Fosse de além da voz, dos sentidos,

e até de um amor, escondido em mim.

Risos, "Amor Bandido".

Amor de esquina, de jeito atrevido,

turbulento, destemperado,

mas de gosto, suave e adocicado,

como um vinho espumante,

efervescente, borbulhante,

confundinho a mente, e a identidade de ser.

Quis dar, meu sorriso irreverente,

meu olhar, de quem comete a travessura,

minha pele macia, meu cheiro apimentado,

meus cabelos finos no vento,

minhas mãos salientes, tateando descobertas,

entre espasmos e suspiros, sussurando confidências,

no silêncio do prazer.

Quis sim, abraçar com você a transparência da vida,

que se abre num leque de riscos e defesas,

cuja verdadeira visão, só o coração percebe,

e então, se aliena, interfere, decide, assume,

e resume num só momento, misturados, todos os sentimentos,

a buscar no fundo, o simples gesto de caminhar dando as mãos.

D - 25/12/2007

01:16 hs

Day Moraes
Enviado por Day Moraes em 25/12/2007
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