AQUELE OLHAR
AQUELE OLHAR
Não precisava de mais nada
Apenas aquele penetrante olhar
Lançando fulminantes fagulhas
Para que eu me apaixonasse
Olhos cheios de deliciosa malicia
Nada mais conseguia pensar
Nem mesmo quem era eu
Completa e absolutamente tomado
Pelo entorpecimento do olhar
Fazendo-me sair dos meus sentimentos
Arrebatado por tamanha força
De um simples envolvente olhar
Que nem a mim era direcionado
Porém a mim foi lançado
Devido ao meu forte torpor
Após conseguir me interpor
Tomando para mim toda a magia
Que o olhar exalava
E a mim com força contaminava
Fazendo de mim totalmente seu
Deixando-me perdidamente apaixonado
Assim era o contágio daquele olhar
Não precisava de mais nada
(leia também do fim parao início).
José Fernando Mendes – 05/06/2024 – 19h25