O ADEUS NA DESPEDIDA

O ADEUS NA DESPEDIDA

Fremente amargura ao ver à tanta partida,

Que tanto sufoca o meu frangível coração,

São os reveses de uma vida já tão sofrida,

Amores fatíloquos de uma difícil aceitação.

Sente a minh’alma o adeus na despedida,

Por isto peço: Não me veja com compaixão!

Ao sair feche a porta, minta estar distraída!

Não olhe para traz, trazer-me-á comoção.

Minha estrutura sentimental já corrompida,

É o fruto da mais iníqua e desdita desilusão;

Que digam que a minha existência renhida,

Foi um musical de talentosa orquestração,

Mas os ais que me levaram a sentir a ida,

São as deusas que me fizeram ingratidão.

Rivadávia Leite

Rivadávia Leite
Enviado por Rivadávia Leite em 13/01/2008
Código do texto: T814982