Privação
Você ergue muros
E eu faço furos
Você instala cercas
Eu penetro entre os arames
Você se esconde
E eu te procuro
Você me mostra a escuridão
Eu busco a luz da sua presença
Você se faz de vítima
E eu me absolvo
Você me diz palavras duras
Eu escrevo o nosso manifesto de união
Você se satisfaz em outros braços
E eu espero a minha vez
mesmo apostando na incerteza.