O Malandro Escolado

Há momentos que a vida atropela as verdades,

Aquelas que não são suas e sim a do outro sem noção,

Você tomba no dialeto enferrujado pela idade,

E fica meio partido, solta o verbo e presta atenção

Ou coloca tampão no ouvidos.

 

Há dias que saio e tropeço nas calçadas e faço apostas. 

Hoje a criatura saiu e deixou a cruz em outra costas,

Ficou leve como se estivesse acertado na loto.

O sabichão usa da filosofia barata e ludibria

Eu ganhei nas apostas,  ele pegou a mania.

 

Aprendeu pelas esquinas a malandragem tacanha.

Pega os outros na fraqueza, se faz de vítima.

Vence todas as trapaças e o outro é que apanha.

Não dá um dia de trabalho e só na manha.