Flor bela

Roseira de afiados espinhos

Tais quais flechas na seteira

És fortaleza para corações errantes

Rochedo no mar para desavisados navegantes

 

Moldura-lhe com firmeza tão rígida muralha

Guarda a ti como pintura, oh bela flor!

Labirinto à impuros de coração

Que ao tentarem atingi-la tombam ao chão

 

Rosa de doce semblante

Quem há de beber do seu néctar?

De enebriar-se de seu perfume?

De querer-se seu amante?

 

Feliz do inseto alado

que por suas flechas foi acariciado

E que ainda ferido

Por ti foi recolhido e amado.