CÁLICE AMARGO
CÁLICE AMARGO
Amor que teimo em querer viver e sentir,
Porquê esta sede de infinito,
Esta vontade de te querer, hoje e ontem
e
Tambem no amanhã ?
Loucura de te escrever em palavras e
Gritos de amor, nas lágrimas que ontem
Melancólicamente, chorei.
Quem és tu, que eu beijo de longe,
Que amo nas estrelas,
Que solto poesias em mar agitado,
Que escrevo dentro de lágrimas amargas
Num cálice de fantasia.
Quem és tu?
Desvairada, eu, que beijei, amei,
E solto carinhos na madrugada
Onde me amaste sem me amar.
Ah!!!! Eu sei
Que não és quem mais quero, eu sei
que festejo a vida e beijo-te longe do sonho,
este sonho que me enche a alma.
Trago comigo a poesia dos amantes
E o choro desta saudade.
Emocionada sigo na noite com o corpo
Adornado de flores, pétalas de carinhos
Aveludados
e de uma solidão amarrotando o meu voo depois
de te olhar.
Que cálice é este amargo
Que bebo nesta paixão ??
Amália LOPES
Lisboa, janeiro 2008, um dia qualquer