✨ Sem Volta – Um poema que exala você ✨

E assim, sem aviso,

você aconteceu.

Bagunçando tudo dentro de mim,

revirando minhas certezas,

me colocando de joelhos —

súdita dos teus desejos.

Descortinou o universo

na curvatura do teu corpo nu,

meu santuário e perdição.

Magnetizada por tuas palavras,

presa à tua boca, ao teu sorriso,

atada em tua teia,

sem chance de fuga —

e talvez... nem queira.

Agora que quebrei o selo,

agora que você decifra meus códigos

como quem lê poesia antiga no escuro,

com a ponta dos dedos...

Agora que tens livre acesso

a tudo de mim —

como te deixar?

Como não te querer

todos os dias um pouco mais?

Como vislumbrar o amanhã

sem o teu nome no meu pulso?

Já não sei onde você termina

e onde eu recomeço.

Teu nome vibra nas paredes do meu peito

como um mantra sagrado e perigoso.

Meu corpo reconhece o teu toque

mesmo no silêncio das horas.

Você me atravessa com um olhar,

como quem desvenda um segredo

que nem eu sabia guardar.

E eu?

Eu deixo.

Eu me deixo.

Porque há um quê de destino em nós,

uma conspiração divina nas entrelinhas,

como se o tempo todo a vida estivesse

me preparando pra te receber.

Me desfaço dos escudos,

abro mão dos mapas,

e me perco — com gosto — em ti.

Não existe mais rota de fuga,

nem plano B,

nem versões de mim que não te incluam.

Você é a pergunta e a resposta.

A dúvida e o alívio.

A vertigem e o pouso.

E se isso for loucura,

que seja doce.

Que seja nossa.

Que seja... sem volta.

Fabiana Ferreira Lopes
Enviado por Fabiana Ferreira Lopes em 05/07/2025
Código do texto: T8375460
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