Amor
Tua visão é divina, cheia de bondade
Passa sobre o mundo espalhando
Alegria e felicidade; é como a luz
Da lua despida de maldade, generosa
E sem prosa, de tamanha cordialidade.
Hilário ao tempo, de nada lamenta
Tranqüilo às desavenças, ao jogo
De interesse, quando estou contigo
Não há quem me aborreça,
Amor comigo não te entristeças
No campo e na cidade vagueia, detesta
A escuridão, tudo que quer na vida, festa
Amor e paixão e quando vai embora
Quase sempre alguém chora, deixando
No peito tristeza, saudade e solidão.
Porquanto não precisas de mim nem
Do meu casto sossego, ama-me
Do jeito que sou, fazes-me feliz, me dá
O que quero e de ti só espero tranqüila matiz.