Incontestável Amor

Encontro-me aqui com o coração doendo. A saudade sacrifica meu peito e estou longe do meu objeto de desejo.

Sinto-me uma tola, insolente que afronta com idéias e atitudes avessas aos meus verdadeiros sentimentos, atitudes essas que caem na inconveniência dos atos.

Queira Deus olhar por nessa nefasta solidão após desentender-me com o meu amor!

Ah! Amor... Quiseras tu não dominar-me!

Quiseras tu esconder-se dessa louca que tem a ti dentro do peito!

Ou deveras eu se esconder novamente de ti?!

NÃO!!! Veementemente, Não!

Não posso deixar-te, esconder-me, porque tu já moras em mim numa simbiose sincronizada e harmoniosa.

Mas onde estás tu? Que me deixaste aqui à luz de um abajur e com o choro abafado no peito aberto que sangra e que te abriga?

Vem, te apoderas de mim! Esquece os meus nefastos defeitos e chega pra junto!

Vem! Não jogue-me ao esquecimento, nem atira-me à solidão cruel.

Vem aquece-me em teu peito, me afaga com tuas mãos suaves e me acolhe com teu olhar seguro e sedutor.

Confessa com um beijo doce o desejo e cala as minhas súplicas.

Retira de mim o gosto amargo do arrependimento de gestos aquém do que poderia oferecer-te.

Permita-me te amar sem medidas e sem reservas.

Permita-me querer-te mais e mais, com teus defeitos e virtudes, pois mesmo sem tua permissão estarei aqui a te amar e te esperando, suplicando uma migalha do teu valioso amor.

Priscilia Nascimento
Enviado por Priscilia Nascimento em 03/04/2005
Código do texto: T9443