SURREALISMO. (p/ Marina)
O Surrealismo de uma existência,
Pintei-a toda de branco,
Que representasse a pureza
Em toda sua essência.
Um riacho tracei como busca
De um futuro justo e incerto,
Que me conduzisse por certo
À uma Sina que me fosse justa.
Arvores pintei à margem corrente
Para que sombreasse o ardor do Sol,
De um viver por demais ardente.
E em sua sombra, relva plantei
Como se fosse leito de amor,
E para o belo tornar mais evidente,
Em torno dela pintei
Um imenso canteiro de flor.
Acinzentei as brancas nuvens
Para tornar menos perfeita,
Aquela existência de amor,
E que humanas imperfeições
Desse a tela apimentado sabor.
Pronta a obra, a admirei,
E tão perfeita ficou,
Que nela adentrei
E em seu canto direto abaixo
Com meu amornado sangue em cor,
Seu autor denuncie,
E assinei “AMOR”.
( D'Eu )