RIO TOCANTINS

Após as ondulações, são ondas quebradas

que vão se debatendo nas pedras paradas,

vão esculpindo um contorno ondulado,

lapidando pedras em todo caminho.

Nas espumas criadas após essas pedras,

as águas que se batem incessantemente

lapidam os contornos e formas vazias,

ficam todas as pedras escorregadias.

Tocantins, como é, vai gerando os sons

e recria no homem que na margem fica,

essa água é o sangue que a terra tonifica,

escorrer e se perder no mar, com seu tom.

Cachoeiras e corredeiras velozes se criam,

nas ondas espumantes, geradas no choque,

as águas que se batem quando são contidas

nas represas criadas, se transformam a vida

Assim seguem o sangue nas veias cansadas,

um sangue rubro e grosso de poluição,

elas levam as águas ao final esperado

e levam seus sais ao mar já salgado.

O sal que transporta tempera as vidas,

deste rio que serve de divisa de Estados,

lugares de onde, surgem seus tributários.

Quando há o casamento com o Araguaia,

ele ainda se mantém por quilômetros assim,

conserva o seu nome, que é... TOCANTINS

10-01-08- VEM.

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 28/07/2008
Reeditado em 05/03/2009
Código do texto: T1101765