Literatura, Homônimo, Família ...

Casas compostas da brisa intelectual,

O mundo abre as portas do abismo;

Argucioso pensamento percorre o dilema atual

O muro que cai, revela todo cismo,

Arte familiar de longevidade, esplendor jovial

Marquês de Santas Letras e do eufemismo,

O poeta é de outrora, no antigo condado portucalense,

Seu xará é da Bahia, inspira arte que lhe pertence.

Homônimos do bel-prazer, com a arte se percorre o continente;

O trajeto deixa o rapaz esbaforido,

Modernismo Português de José Régio é ascendente

Taciturnos da herança material, a arte é um dom colorido

Flâmulas trêmulas da família, sorri a vanguarda e o descendente

Sensação da corte o rei Silva, a prole com dever cumprido

Do modernismo para o moderno gesto, passo e rastro

O tempo não é o mesmo, mas o barco é firme com o mastro

O encontro do desvelo nominal passa fronteiras etárias

Mar das influências, cachoeira da verbosidade

Insano pegajoso da atrocidade mental, vidas precárias

Conseqüências da pobreza, ultrajadas pela poesia sem cidade

Escritor, Agricultor, Historiador, todas as vidas lendárias

Vários filhos, diversos netos, bisnetos e um poeta da ansiedade

Grande homenagem do poeta, literatura à mercê do egrégio

Com essas palavras, o mundo há de saber dos dois, José Régio.

*Singela homenagem ao escritor modernista português e a uma grande pessoa

relevante à minha vida, meu Avô, com nove décadas bem vividas. Ambos chamados

José Régio.

Anderson Cirino
Enviado por Anderson Cirino em 06/03/2006
Código do texto: T119552