Até um dia
Não sei quem sou
Porque aqui estou,
Sei somente que algo mudou
E o mundo se transformou!?
Pela janela,
Observo o vento
Soprando velozmente,
E a noite, tão bela
Vai caindo docemente...
Lá fora, a escuridão;
O negro de minh’alma;
Palpita forte meu coração
Sente a falta da tua calma!
Porque um dia
Que fere minha memória,
Tu partiste sem destino...
Os braços dos teus amigos
Carregaram com glória
Toda a tua simpatia!
Eu carrego a mágoa
Correndo-me nas entranhas
Como límpida água
Pois não soube lidar,
Não conheci tuas façanhas.
Acredito na morte
Mas não na tua,
És tão forte
Que podes mover a lua.
Então, meu amigo,
Quero dar-te a mão;
Mostrar-te e dar-te um abrigo
Que acobertará a tua ressurreição.
Aceita com a mesma alegria
Com que sempre vi o teu rosto!
Espero por ti,
Quero a tua companhia...
Até um dia,
Chegarás ao sol posto!