Até um dia

Não sei quem sou

Porque aqui estou,

Sei somente que algo mudou

E o mundo se transformou!?

Pela janela,

Observo o vento

Soprando velozmente,

E a noite, tão bela

Vai caindo docemente...

Lá fora, a escuridão;

O negro de minh’alma;

Palpita forte meu coração

Sente a falta da tua calma!

Porque um dia

Que fere minha memória,

Tu partiste sem destino...

Os braços dos teus amigos

Carregaram com glória

Toda a tua simpatia!

Eu carrego a mágoa

Correndo-me nas entranhas

Como límpida água

Pois não soube lidar,

Não conheci tuas façanhas.

Acredito na morte

Mas não na tua,

És tão forte

Que podes mover a lua.

Então, meu amigo,

Quero dar-te a mão;

Mostrar-te e dar-te um abrigo

Que acobertará a tua ressurreição.

Aceita com a mesma alegria

Com que sempre vi o teu rosto!

Espero por ti,

Quero a tua companhia...

Até um dia,

Chegarás ao sol posto!

artescrita
Enviado por artescrita em 29/03/2006
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