Nada além

Para que viemos?

Ainda não descobrimos...

Só sabemos que somos um fruto de plenitude e discórdia

O fantasma da memória, ou talvez um absurdo.

Somos a prova viva,

De que amor e ódio não se distinguem

Amamos o que temos, o que não temos e até mesmo o que não vemos

Ora somos flores, ora somos folhas

Ambas regadas pelo mesmo sentimento...

Nossa voz é infame

Assim como a nossa sombra,

Que se arrasta para permitir que ainda vivamos

Não somente neste mundo,(incapaz de fabricar sonhos)

Mas no carrossel de utopias( o lugar que criamos)...

Semelhantes aos monstros, continuamos a ser belos,

Por que o vai e vem de nossas idéias

Continuam a nos dizer que ainda somos humanos

Um pouco diferentes

Talvez pela forma abstrata de revelar um segredo

Talvez por medo, de aceitar o que somos...

E se nos julgam complicados,

Nós somos sim, os seres encantados

Que Deus criou pensando unicamente

Em espalhar lágrimas nos quatro cantos.

Mas ao mesmo tempo não passamos de um nada,

Um ponto de interrogação cercado por muitas vírgulas

Somos vítimas do tempo, que nos fez metade animal e metade dor

Somados a um amor, a um amor desmedido...

Somos poetas...

E isso nos transforma em palavras contraditórias

Fonte de vida, figuras sem forma

Quando neste mundo em preto e branco

Parecer não restar mais nada...

Deibby Petzinger
Enviado por Deibby Petzinger em 06/04/2006
Reeditado em 02/09/2009
Código do texto: T134788