Virgínia

Que dizes quando só

à espera lúcida de um por quê

Ou o que julgas quando nós

Apertam, presos a você?

Dita-me o certo à liberdade

Sem pestanejar minha fé

E o que acumula-se à idade

Junto ao peito de uma mulher!

E caso queira somente a sós

Cantar-me a vida, a melodia

Eu faço - o estrondo de dois sóis

Perpetuando a luz do dia,

Sem teimosia, ordem ou caos

Qual nossos olhos afligia

Perder de vista a nau do cais

Ou a razão de ser Virgínia.

Júnior Leal
Enviado por Júnior Leal em 19/04/2012
Código do texto: T3621045
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