A Compositora
(a primeira versão deste poema foi publicado no RL em 15/5/2015; a presente versão apresenta textos complementares de Karina da Silva Caroba e Isabelle Mara)
A COMPOSITORA
Miguel Carqueija
Sou pequena margarida
que sonha um dia voar;
com a viola querida
vivo canções a bolar.
Foi fácil me acostumar...
Compor letras, meu destino:
balada e samba-canção;
rock, bolero e até hino
sem esquecer o baião.
Tem que ter uma boa mão...
Eu não faço coisa feia
nem pra ficar milionária;
quero ter meu pé-de-meia
mas não serei mercenária.
Prefiro até compor ária...
Canção tem que ser bonita,
falar em sonhos e flores,
no vestido azul da Rita,
em primavera e amores.
E gospel pra dar louvores...
É cantando a Natureza,
a criança, o puro amor,
a bondade e a beleza
que eu faço o meu louvor.
E graças dou ao Criador...
Que a dália perfumada
é pra mim um grande tema:
pelo amor sou inspirada
e sou letrista da gema.
Só canto o belo, não tema.
A saudade, a tristeza
por causa do amor perdido
sim eu canto, com certeza
este amor tão dolorido,
um amargor tão comprido...
As juras de amor eterno,
o idílio em plena praia,
o amanhecer tão terno,
sentimento que se espraia,
e que do esplendor não saia...
E componho pra criança
sobre o gato, o cachorrinho,
o elefante e o ratinho,
criança traz esperança!
Mesmo fazendo lambança...
Também gosto de cantar
mesmo até desafinada,
minha viola tocar
e dançar meio aloprada.
Viver feliz, ser amada...
Pois tudo isto se liga
tocar, cantar e dançar,
escrever uma cantiga,
na imaginação voar.
E como é bom poetar...
Eu não penso em ficar rica
nem me iludo em ser famosa:
que esse meio é só futrica
e a glória muito enganosa!
Sou humilde e nada prosa...
Tem gente boa, eu bem sei
agindo com discrição;
por essas eu procurei,
a quem pude dei a mão.
Cada amigo é um irmão...
E assim faço a minha arte
com as fibras do coração,
quero fazer minha parte,
pra mim o mundo é canção!
Nas cordas do meu violão...
Quando me ponho a criar
preciso de solidão;
chego mesmo a amarrar
lá na sala o maridão!
Pra consolar dou um beijão...
Mas não sou tão má assim:
porque quando chega a hora,
terminada a letra enfim,
vou soltá-lo sem demora.
Eu vou precisar dele, ora!
26 a 28.2. e 10.3. 15
MENINA FACEIRA
Karina da Silva Caroba
Canta menina faceira
a cantiga mineira
de mel e maçã.
Canta menina faceira
a cantiga festeira
à mercê de hortelã.
Canta menina faceira
a cantiga certeira
de verso no céu
canta menina faceira
a cantiga à maneira de açúcar no fel.
Eh laiê, lalaiá, laiê, laiá, lalaía, laiê, laiê, laiê, lalaiá.
Canta menina do mato
menina do campo
doce de poncã
canta menina guerreira
a alegria brejeira
da doce manhã.
Canta menina mineira
a cantiga que encanta
e agrada na fé
canta menina sem medo
todo esse segredo
da roça de seu Zé.
Eh laiê, lalaiá, laiê, laiá, lalaía, laiê, laiê, laiê, lalaiá.
Karina da Silva Caroba
Psicóloga Escolar e Educacional - Servidora Pública
(no Recanto assina como "Ser além do óbvio")
POR AMOR
Isabelle Mara
Aquela que por toda vida
Só compreendeu,
Aquela que mesmo esquecida
Jamais esqueceu,
Aquela que com seu abraço
Só nos protegeu
Será por toda minha vida
A santa bendita
Que o Senhor me deu
Será por toda minha vida
A santa bendita
Que o Senhor me deu.
Por amor cantarei
E abrirei espaço
Em qualquer compasso
Por todo este chão,
Levarei com emoção
Teu nome ó minha mãe querida
No meu coração.
___________________________
Com carinho de uma filha saudosa às todas as
mães que por ventura consigam ouvir esta canção
que eu dediquei à minha antes de sua partida para
o andar de cima e de quem sinto uma falta do tamanho
deste vazio que a sua ausência física deixou.
(por razões técnicas não pude colocar o áudio cantado pela própria Isabelle, mas segue o endereço no Recanto:
https://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/20240
Brasília, 04/05/2010
Isabelle Mara
ISABELLE MARA
Uma nordestina do Ceará, que reside em Brasília, funcionária do Ministério da Economia,que nas horas vagas adora ler e escrever, até a compor algumas músicas, pelo simples fato de desenvolver o dom que ganhou do Pai de todos nós. Faz dessa arte um meio de encarar a vida e seus problemas. Por conta disso é sempre convidada a apresentar-se em eventos públicos, como aniversario de Brasília, os 500 anos do Brasil, sempre com seus trabalhos literário, tem participação em diversas antologias, tem alguns
poemas premiados, um livro publicado, está no Dicionário dos poetas brasileiros e no momento tem a honra de participar de o Recanto das Letras, tudo de maneira amadora.
Imagens clickgratis, pinterest e pixabay.
Fotografia de Karina da Silva Caroba gentilmente cedida por Karina da Silva Caroba.
Fotografia de Isabelle Mara gentilmente cedida por Isabelle Mara.
(a primeira versão deste poema foi publicado no RL em 15/5/2015; a presente versão apresenta textos complementares de Karina da Silva Caroba e Isabelle Mara)
A COMPOSITORA
Miguel Carqueija
Sou pequena margarida
que sonha um dia voar;
com a viola querida
vivo canções a bolar.
Foi fácil me acostumar...
Compor letras, meu destino:
balada e samba-canção;
rock, bolero e até hino
sem esquecer o baião.
Tem que ter uma boa mão...
Eu não faço coisa feia
nem pra ficar milionária;
quero ter meu pé-de-meia
mas não serei mercenária.
Prefiro até compor ária...
Canção tem que ser bonita,
falar em sonhos e flores,
no vestido azul da Rita,
em primavera e amores.
E gospel pra dar louvores...
É cantando a Natureza,
a criança, o puro amor,
a bondade e a beleza
que eu faço o meu louvor.
E graças dou ao Criador...
Que a dália perfumada
é pra mim um grande tema:
pelo amor sou inspirada
e sou letrista da gema.
Só canto o belo, não tema.
A saudade, a tristeza
por causa do amor perdido
sim eu canto, com certeza
este amor tão dolorido,
um amargor tão comprido...
As juras de amor eterno,
o idílio em plena praia,
o amanhecer tão terno,
sentimento que se espraia,
e que do esplendor não saia...
E componho pra criança
sobre o gato, o cachorrinho,
o elefante e o ratinho,
criança traz esperança!
Mesmo fazendo lambança...
Também gosto de cantar
mesmo até desafinada,
minha viola tocar
e dançar meio aloprada.
Viver feliz, ser amada...
Pois tudo isto se liga
tocar, cantar e dançar,
escrever uma cantiga,
na imaginação voar.
E como é bom poetar...
Eu não penso em ficar rica
nem me iludo em ser famosa:
que esse meio é só futrica
e a glória muito enganosa!
Sou humilde e nada prosa...
Tem gente boa, eu bem sei
agindo com discrição;
por essas eu procurei,
a quem pude dei a mão.
Cada amigo é um irmão...
E assim faço a minha arte
com as fibras do coração,
quero fazer minha parte,
pra mim o mundo é canção!
Nas cordas do meu violão...
Quando me ponho a criar
preciso de solidão;
chego mesmo a amarrar
lá na sala o maridão!
Pra consolar dou um beijão...
Mas não sou tão má assim:
porque quando chega a hora,
terminada a letra enfim,
vou soltá-lo sem demora.
Eu vou precisar dele, ora!
26 a 28.2. e 10.3. 15
MENINA FACEIRA
Karina da Silva Caroba
Canta menina faceira
a cantiga mineira
de mel e maçã.
Canta menina faceira
a cantiga festeira
à mercê de hortelã.
Canta menina faceira
a cantiga certeira
de verso no céu
canta menina faceira
a cantiga à maneira de açúcar no fel.
Eh laiê, lalaiá, laiê, laiá, lalaía, laiê, laiê, laiê, lalaiá.
Canta menina do mato
menina do campo
doce de poncã
canta menina guerreira
a alegria brejeira
da doce manhã.
Canta menina mineira
a cantiga que encanta
e agrada na fé
canta menina sem medo
todo esse segredo
da roça de seu Zé.
Eh laiê, lalaiá, laiê, laiá, lalaía, laiê, laiê, laiê, lalaiá.
Karina da Silva Caroba
Psicóloga Escolar e Educacional - Servidora Pública
(no Recanto assina como "Ser além do óbvio")
POR AMOR
Isabelle Mara
Aquela que por toda vida
Só compreendeu,
Aquela que mesmo esquecida
Jamais esqueceu,
Aquela que com seu abraço
Só nos protegeu
Será por toda minha vida
A santa bendita
Que o Senhor me deu
Será por toda minha vida
A santa bendita
Que o Senhor me deu.
Por amor cantarei
E abrirei espaço
Em qualquer compasso
Por todo este chão,
Levarei com emoção
Teu nome ó minha mãe querida
No meu coração.
___________________________
Com carinho de uma filha saudosa às todas as
mães que por ventura consigam ouvir esta canção
que eu dediquei à minha antes de sua partida para
o andar de cima e de quem sinto uma falta do tamanho
deste vazio que a sua ausência física deixou.
(por razões técnicas não pude colocar o áudio cantado pela própria Isabelle, mas segue o endereço no Recanto:
https://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/20240
Brasília, 04/05/2010
Isabelle Mara
ISABELLE MARA
Uma nordestina do Ceará, que reside em Brasília, funcionária do Ministério da Economia,que nas horas vagas adora ler e escrever, até a compor algumas músicas, pelo simples fato de desenvolver o dom que ganhou do Pai de todos nós. Faz dessa arte um meio de encarar a vida e seus problemas. Por conta disso é sempre convidada a apresentar-se em eventos públicos, como aniversario de Brasília, os 500 anos do Brasil, sempre com seus trabalhos literário, tem participação em diversas antologias, tem alguns
poemas premiados, um livro publicado, está no Dicionário dos poetas brasileiros e no momento tem a honra de participar de o Recanto das Letras, tudo de maneira amadora.
Imagens clickgratis, pinterest e pixabay.
Fotografia de Karina da Silva Caroba gentilmente cedida por Karina da Silva Caroba.
Fotografia de Isabelle Mara gentilmente cedida por Isabelle Mara.