À lá Chico Buarque

Eu A risco.

Como placa Proibido Estacionar,

Quem A risca, é A riscado.

E quem não arrisca,

É doente da cabeça,

Cabriolagem Petista em pé,

Ou melhor: salmão não petisca;

Certo José?

Nem pra lá,

Nem pra cá.

Ventos roçam a cabeleira das copas das árvores,

Mares se levantam,

O diabo enfurece,

Línguas de fogo riscam o céu,

De político, que é gente tal qual como agente,

Nada deve-se esperar.

Fui!!!

Se eu encontrar o Luis, alcunha Ernesto,

Em São José dos Jumentos,

Pernambuco, cafundós do Brasil,

Ou acolá,

Acorrento-o e levo aos seus pés,

Para vosmecê,

Com suas mãos lisas,

O ouvido dele,

Apreciar.

Sardônico sarado.

Safira salafrária.

Sadomasoquista sacana.

Sujeito safado.

Tem mais,

Muito mais cães vira-latas sem coleira.

Com tornozeleira?

Sabe-se lá.

Desfilando manias na praça,

Comendo picanha,

Fumando charuto cubano,

Tomando vinho português,

Jogando capoeira,

Chacoalhando o ganzá.

Ser vagabundo assumido,

Que nada tem herdou dos loucos,

Usurpando o suor alheio,

E por isso se vangloriar,

É para poucos!

Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 12/11/2019
Reeditado em 12/11/2019
Código do texto: T6792823
Classificação de conteúdo: seguro