NA PONTA DO CÁLAMO

– À Fátima Horta –

Com pequenos grãos de areia

Se iniciam as construções

Suportadas por uma ideia

Cimentada de emoções.

Grãos de areia, grãos de areia,

Às vezes leva-os o vento,

Mas n´ alma de quem tem veia

Cresce o estro e o fermento.

A poesia é mesmo assim

Nasce pequena, faz-se grande,

Sobe a um alto galarim

E em suave canto se expande…

A palavra rola pela areia

Nas ondas do mar da vida

E a ansiedade vem cheia

De uma poesia acrescida.

Todo o grão d´areia dá fruto,

Quer na horta ou na floresta,

Se o poema tiver conduto

Terá perfume, luz e festa…

Ser poeta é ter o coração

Co´ as palavras sempre à porta:

Navegam poemas de paixão

No cálamo de Fátima Horta!

Frassino Machado

In AO CORRER DA PENA

FRASSINO MACHADO
Enviado por FRASSINO MACHADO em 27/01/2020
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