Um afago a Simone Aver
Nas lambanças e festanças dessas nossas andanças
pela madrugada, no correr das horas apressadas,
somos crianças, somos tantas, somos mantas contra o frio
de alguns vazios de nossas mútuas existências.
Sem ausências, nossas crenças se completam, interprenetram,
conjugam-se e se nutrem mutuamente.
Somos gente que ama, canta, dança, faz a vida acontecer.
Somos nós. Não estamos sós. Somos... somos... existimos!
Não mentimos. Sorrimos. Fazemos carinho no afago da letra
que de dentro sentimos. E de dentro escrevemos.
Você anjo. Eu com meu canto, que nem tanto acho bonito.
Mas, você com sua bondade, me afaga e apaga o sentimento
de inferioridade. Minha letra sou eu. Incoerente e inconsequente.
Tua letra é você. Entusiasta, eloquente, vida... vida...
Amiga, és minha amiga. Somos nós. Somos amigos.
Isso é a gente.