E a lua, toda formosa

Apareceu, em meio às nuvens cinzas

No cair da noite, foi alertada

De que, frustrada, restaria

 

Mesmo assim, insistentemente

Afastando as plumas de vapor, apareceu

Me mostra, ó céus, quem é essa

Que ofusca a minha existência

 

Então, sem perda de tempo

O céu, de lá, apontou para a Terra

E no ponto extremo das américas, indicou

Quem seria a dona da venustidade

 

E olhando para a bendita, a lua esmureceu

Procurou um lugar pra se esconder

Se pudesse, se enterraria

Mas isso tornaria impossível a vida no planeta

 

E de um artifício, se utilizou

Usou, para próprio proveito, a sombra da Terra

Com vergonha de sua vaidade

Admitiu que tal moça era muito mais bela

 

Não bastaram as nuvens do céu

Para que a Lua se recomposse do vexame

Tivera de improvisar um eclipse total

Para se eximir do equívoco em que se pôs

 

Pois, não há moça mais bonita

Nem luz mais reluzente

Que se compare, nem de longe

À elegância da moçoila

Rummenigge Rossi
Enviado por Rummenigge Rossi em 16/05/2022
Reeditado em 16/05/2022
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