Rocio

(Este poema, eu dedico a minha mãe. Ela que passou por tantas provas na vida, e entre elas, a nossa separação durante longos e eternos anos.)

Comecei percebendo-me

Como a um sereno que

Úmido foi-se bebendo no ar fresco e ameno

De uma noite sem vento

(...hoje eu entendo

o que coube ao tempo

ao chão me levar cuidando

para eu não me espatifar)

Assim, cheguei à margem do Nilo em seca

Á imagem da tua veemência

Caindo em mim

Ao deparar-te serena

Pousada a esperar

Com olhos espertos e ternos

O desmanchar dos meus complexos

Então senti ler-te como um livro aberto

Quando com dois passos chegastes mais perto

Revelando-se a mim o mais belo

Dos pássaros singelos!

Caroline Natalie Stroparo
Enviado por Caroline Natalie Stroparo em 15/12/2005
Código do texto: T86286