Chorando alegrias, chorando pétalas de rosas

Neste mundo de tantas crenças e raças

clamo por uma almejada paz:

Paz sentida no silêncio das armas,

Paz sentida no chilrear dos pássaros

enfeitando as árvores de uma pequenina praça.

Neste mundo de tantas crenças e raças

não deveriam haver guerras nem em jogos de xadrez,

os homens trocariam a sede mesquinha de poder

por grandes somas de sensatez.

Neste mundo de tantas crenças e raças

deveríamos unir todos os nossos meios

para derrotar a fome que se alastra,

para curar as doenças que a vida ameaça

para vivermos livres de receios

que sugam nossas forças e quebrantam nossa alma.

Neste mundo de tantas crenças e raças

gostaria de ver o amor brilhar em cada casa,

inundando o mundo com a paz preciosa,

acalentando a criança que, hoje, chora lágrimas amargas.

Neste mundo de tantas crenças e raças

clamo pela paz que agoniza por questões falsas.

Clamo pela paz, para que seja fênix vitoriosa,

para não ver meus irmãos do mundo feridos,

para não ver os pequeninos chorando oprimidos,

para ver nos olhos a esperança preciosa.

Clamo pela paz, para que esta não seja enterrada

em prantos de dor de uma ambição desenfreada,

queimada ao detonar de um míssil no alvo errado,

clamo pela paz vinda de seu ninho incendiado,

Trazendo o renascer da humanidade em agonia,

para ver nos olhos um choro que seja de alegria

pela Terra florescendo, outra vez, dadivosa;

pelo céu derramando gotas de chuva purificada,

sem ácidos ou pela radiação contaminada,

como se estivesse chorando pétalas de rosa.

Regina SantAnna
Enviado por Regina SantAnna em 22/01/2006
Código do texto: T102267