Jardim florido

Deixo flectir os meus contornos

Sobre um banco de jardim ,

Aparafusado a um relvado sem fim ...

O aroma de jasmim

Libertino , indómito ...

Uma insígnia imaculada

Apologista de que o fim

Não o trará o vento , nem numa rajada !

Olfacto activo

E aquele almíscar ...

Um sítio cativo

Para se ser feliz ,

Ao lado daquela perdiz coruscante !

Quiçá o que sempre quis

Ao debicar o seu alimento ,

Foi escrever o que diz

Para betar seu contentamento !?

Assim me perco em desvelo ,

Nesse jardim ingente ...

Deixo solto meu cabelo

Inquieto , de tão contente !

artescrita
Enviado por artescrita em 31/01/2006
Código do texto: T106539