Quietude

Quietude

Quando a PAZ se desvencilhar do pélago profundo da alma

E da turbamulta soltar um grito aflito

Quebrando hodiernas correntes das mentes cansadas,

Torturadas pelo exaustivo exercício da mera existência;

E quando você, na penumbra do seu notívago recolhimento,

Ou do silêncio inventado,

Por entre lágrimas ocultas nas comissuras, medos contidos, angústias não reveladas,

Ouvi-la, à sorrelfa, lhe pedir asilo,

Acolha-a sem hesitar;

Ponha-a no colo, acalente-a;

Faça juras de amor se preciso for,

Mas não a deixe escapar;

Pois a vida urge em capturá-la

Para aprisioná-la de volta no calabouço do esquecimento.

© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves

Outubro/2017

Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 23/05/2018
Código do texto: T6344012
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