O ATO DE REDESCOBRIR

O ato de redescobrir

Devastou algo do qual não imaginava existir

A novidade que corria nas veias

Deixava-me tão pequeno quanto um grão de areia

Onde no escuro de uma mente nublada

Do nada, simplesmente se fez esquecer

O nobre caminho das linhas tortas, das letras insonsas

Que noutros tempos eram faceiras, letais

Me provocavam e viajavam fáceis

por caminhos e pensamentos

Que se expressam das maneiras mais casuais,

E no hoje insistiam em se esconder,

Na mesma inocente consciência

que gabava-se ao dizer

este é o meu novo jeito de ser,

quanta displicência, mas mesmo assim

enfim, sei que essas ideias jamais me deixarão.

Despir-se foi necessário

De sentimentos inofensivos

Que novamente reaprenderam

que palavras serão sempre palavras

expressando de mil formas diferentes

o que faz parte da gente

uma imensidão de sorrisos emoldurados

nas lágrimas contidas na emoção

em reconhecer que sempre estiveram aqui

apenas procuravam redescobrir

as faces desta alegórica utopia

que transformou-se em poesia

no que ocultava o seu coração.

Emerson Prado
Enviado por Emerson Prado em 19/09/2018
Reeditado em 06/07/2023
Código do texto: T6453544
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.