O mundo que me fez desperto

O tempo esculpiu o feto,

O afeto deu-me o nome e o riso,

O vento que vence o concreto,

Sem sucesso, me deixou o piso,

Ascendendo, perfurando o teto,

Vencendo o que for preciso,

Na crença de ser mais correto

Buscando o meu paraíso.

Seguindo no caminho certo,

Incerto se estou sozinho,

Selvagem e voraz decerto,

Às lágrimas que fui mesquinho.

Confesso não ter descoberto,

Me entrego ao teu desalinho.

Razão da qual não me apego,

Julgado, encontrei o Meirinho,

O destino, que me fez completo,

Deixou-me ser passarinho.