MEMÓRIAS DE SILÊNCIO

MEMÓRIAS DE SILÊNCIO

Ontem, senti o cheiro das emoções.

Ontem, o tempo não tinha pressa entre nós.

Sobre a pele os gestos aconteciam

devagar, e as palavras entrelaçavam-se nos

meus dedos.

Naquela tarde, entre o verão e o jardim,

Eu quis traçar labirintos sobre

os teus olhos.

Mas, a ferida que se alimenta da tua

sombra, tem a espessura

do teu silêncio.

Ontem, os sonhos tinham cores

fascinantes.

Mas a viagem, porém, foi curta, e o destino

desconhecido.

Abandonaste o templo da paixão.

O sol dourado,

A pele de cetim,

A taça com morangos quentes,

O recanto entre as palavras.

Continuarei escrevendo palavras neste livro

de

capa de memórias.

Memórias de silêncio, numa

Gaveta de saudade...

Amália Lopes

amaliapoemass
Enviado por amaliapoemass em 15/06/2006
Código do texto: T176112
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.