NOSTALGIA

O dia despediu-se hoje com o cheiro das primaveras do passado.

Daqueles tempos em que um coração sonhador, num peito inda pequeno, já batia descompassado quando em noites de clima ameno...

Mal a lua no céu despontava e a nostalgia precoce já se avizinhava

para, em meio a tantos suspiros de queixumes, perceber na hora que se adiantava, a maravilhosa e luzidia festa dos vaga-lumes.

Ah! Quantas quimeras refletiam então, um par de olhinhos sonhadores

que percorriam até os confins daquela campina, pra se perder num mar de estrelas...

E quando ao longe algumas vozes se impacientavam, na esperança vã de detê-las, podia-se ver um bracinho que esticado, espalmava no ar uma mão pequenina...

Porém, o céu era inalcançável. E a menininha entrava triste por não levar consigo nem uma estrelinha...

Tânia Regina Voigt
Enviado por Tânia Regina Voigt em 25/08/2009
Reeditado em 17/01/2015
Código do texto: T1774619
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