Saudade

A saudade é insistente.

Detona a alma.

O lar sente o desespero,

até mesmo as plantas.

Todas estão morrendo.

Dia a dia suas folhas

caem, sem dó, tamanha

é a tristeza.

A alma da casa

não tem mais forças

nem garra.

Não se ouve mais gritinhos

de alegria.

Frases soltas de ternura.

Nada disso mais importa.

O animo se foi

lentamente...

Nas noites a saudade do abraço,

o apertar das mãos juntas,

em reconhecimento uma da outra.

Um beijo nos lábios.

Um abraço de alegria.

Não, tudo é um só vazio.

Não adianta acender as luzes,

Nada trarará mais a vontade

de sorrir.

Porque não há nada!

Apenas o vazio de uma vida.

Não há mais sonhos,

nem esperas.

Sílvia Regina
Enviado por Sílvia Regina em 06/08/2006
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