Saudade
A saudade é insistente.
Detona a alma.
O lar sente o desespero,
até mesmo as plantas.
Todas estão morrendo.
Dia a dia suas folhas
caem, sem dó, tamanha
é a tristeza.
A alma da casa
não tem mais forças
nem garra.
Não se ouve mais gritinhos
de alegria.
Frases soltas de ternura.
Nada disso mais importa.
O animo se foi
lentamente...
Nas noites a saudade do abraço,
o apertar das mãos juntas,
em reconhecimento uma da outra.
Um beijo nos lábios.
Um abraço de alegria.
Não, tudo é um só vazio.
Não adianta acender as luzes,
Nada trarará mais a vontade
de sorrir.
Porque não há nada!
Apenas o vazio de uma vida.
Não há mais sonhos,
nem esperas.