De que me serve?

Na construção do poema engulo os verbos.

Rasgo palavras ao meio.

Me serve a metade de qualquer carinho,

Rumino a saudade.

De que me serve o poema?

De que me serve?

A noite engole a vida e silência...

Lá fora a esperança fica pendurada...

Imortal feito a saudade...

Do carinho, me serve qualquer metade.

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Interação da Poetisa Camila Senna

A saudade rasga qualquer palavra ao meio...

Nos deixa muda no nosso mundo.

Nos deixa surda no viaduto,

Nos deixa ébria de tanta saudade.

O tempo para quem sente saudade, não corre...

Andamos perdida, sem rumo, sem tino, sem direção...

Debaixo do chuveiro nos entregamos

Deixando a água cair sendo sugada pelo ralo.

A saudade é o sentimento mais ingrato

Que infelizmente não temos a opção de não sentir.

Camila Senna.

Obrigada querida, é uma honra tê-la aqui.

Beijos.

Laura Duque
Enviado por Laura Duque em 21/07/2011
Reeditado em 15/09/2015
Código do texto: T3109571
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