A dor que o tempo não cura
Levei um tempo pra te perceber
Embrenhado, entranhado em mim.
Foi preciso se distanciar,
Pra que eu enxergasse essa falta,
Que tua essência me faz.
Passamos uma vida inteira,
Que as vezes é um quase nada,
Nessa linha infinita do tempo;
Seguindo as regras
Sem sabermos quem as criou...
E as vezes surgem pessoas incríveis,
Mas as regras enraizadas em nossas almas,
Nos obrigam as deixarem passar.
Atribuímos isso ao tempo...
Ao tempo que já não temos,
Ao tempo que perdemos,
A esse tempo que já se foi,
Ou até ao tempo que não dá.
Ai o tal tempo também passa,
passa e só então vemos,
Que era bem o tempo de amar.
E cadê a pessoa nessa hora?
Já foi...
Foi com o tempo que não voltará,
Desejamos voltar no tempo,
E quem é que consegue voltar?
Então imploramos ao tempo pra curar,
Mesmo que ele já não consiga,
A ferida em carne viva,profunda,
Profunda e impossível de curar.