Tempestade.

Parecia, um devaneio, especialmente feliz...

Seu corpo junto ao meu,

Como que moldado em perfeita harmonia,

Como que eu somente existisse para amar você...

Mas todos os devaneios, como os sonhos...

São tão inconstantes, como as nuvens de chuvas...

Fortes, que assustam e fascinam...

Mas quando atingem seu auge, desabam em nossos corpos...

Para morrer em nossos braços,

Em tempestades.

Foi assim que você existiu para mim...

Assustando-me de inicio com a força de teu amor...

Fascinando-me com a paixão de teu corpo...

Conquistando com o valor de tua mente...

Para logo depois,

Como uma tempestade, desabar sobre mim...

Como as gotas de chuva...

Passando por meu corpo em um dia de tempestade,

Para morrer no próximo minuto...

E eu fiquei parada...

Olhando para um céu azul...

Desejando o cinza de antes,

Ansiando a força que se foi de meus braços...

E até hoje anos depois...

Não há mais tempestades em minha vida...

Apenas...

Chuvas passageiras,

Chuviscos de verão que não duram um segundo,

Que não marcam,

De quem não sinto falta.

Pois os dias de chuva se foram de mim...

E como um andarilho de um deserto,

Eu anseio pela chuva...

Mas somente a sua...

Esperando tua tempestade voltar pra mim....

Como um solo fértil, sem motivo pra florescer...

Apenas olhando o céu azul....

Desejando o cinza chumbo de seu olhar...

Da umidade de seu beijo...

Do amor de seus raios...

De toda a tempestade que havia em mim...

Vivian “Drecco” Sales de Oliveira.

21/02/2007

Vivian Drecco
Enviado por Vivian Drecco em 26/02/2007
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