Quando chamo pelo seu nome...

Quando olhares para o alto

O que poderá ter sido o dia?

Uma estátua de pedra sem vida?

Ou um trovão que se rompeu com heroísmo?

Do outro lado do rio,

O silêncio ergue suas torres...

Onde tudo se veste do nada...

Onde o sorriso é um simples sulco no rosto...

Do outro lado do espelho o tempo é uma canção esquecida...

Que se arrasta embevecida em soluços

Afiando suas garras sobre o inerte dia

Que se despe em silêncio... Suplicando pela noite

Trazendo a umidade dos seus lábios...

Quando chamo pelo seu nome...

Rose Sousa
Enviado por Rose Sousa em 10/11/2012
Código do texto: T3978193
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