Silêncio bom

Quando você chorar pela derrota do simples silêncio

Para a angústia devastadora no peito barulhento

Entenda, meu bem,

O meu amor vem por encomenda

No caminhão da saudade

Na estrela mais próxima de seu pensamento

Se demoro a chegar

É porque as flores que colho para lhe dar

Ainda não florescem em meu outono

Eu bem que trar-lhe-ia um jardim

Se os meus braços fossem do tamanho de um campo de futebol

Até que meus braços crescem

Na mesma proporção que o meu peito

Por isso, não importa o quanto meu amor por você cresça

Eu sempre posso abraçar o meu amor...

Mas as flores estão tímidas como o seu sorriso quente

E eu a demorar tanto, enquanto o silêncio parece ficar infinito!

O certo é que quando eu chegar

Você se espantará com os meus braços carregando um jardim

Com flores cultivadas em minha primavera

Aí, esquece o simples silêncio e deixa o silêncio bom chegar

No momento em que lhe der um beijo...

Mar de Oliveira Campos
Enviado por Mar de Oliveira Campos em 09/10/2005
Reeditado em 09/10/2005
Código do texto: T58202