Imagem do Google - Gralha azul. Ave típica do Sul, reflorestadora dos pinheirais

VIROU POESIA
 
Da Terra de uvas e trigais
Minha doce lembrança
Do meu tempo de criança
Que não volta nunca mais
Cantava ali a gralha azul
Formando u’a bela orquestra
Divertida e linda festa
Eu nunca esqueço jamais.
 
Saboroso chimarrão
Num vai e vem daquela cuia
Debaixo do pé de imbuia
Ouvindo a linda canção
Nos pinheirais de araucárias
Ouvia com muito esmero

O grito do quero-quero
No fundo do *banhadão.
 
Assim vivo a nostalgia
De um tempo que já se foi
Do velho carro de boi
Que nos deu tanta alegria
Fecho os olhos para ouvir
Inda ouço nossa carroça

A ranger no meio da roça
E tudo virou poesia.
 
(Christiano Nunes)
 


*Banhado: Brejo (Sul do Brasil)