Insanidade

A saudade corta no meu peito qualquer laço,

qualquer traço de sanidade;

é meu defeito, meu direito

vir matar-me um pouco a cada dia

de saudade...

A saudade é a porta do passado

entreaberta,

a libertar fantasmas e medos,

sonhos e segredos...

É um pouco de loucura consciente.

É a fúria incontida,

o beco sem saída,

a saudade latente...

A saudade é o passo incerto,

o sublime precipício,

é o espasmo, o orgasmo,

o marasmo

Solitário e salafrário...

A saudade é a cama fria...

É mais um dia

e ninguém mais...

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 23/10/2005
Código do texto: T62532