Na tua ausência
Sinto-te a presença
Em tudo o que há...

Nas gaivotas dançantes
Que traçam parábolas
Incertas... No ar...

Na pressa do dia
Que nos envelhece
Para se renovar...

Nas formigas da cozinha
A assaltarem a despensa
Em seu incansável laborar...

Nas cigarras gritadeiras
Que alardeiam aos confins
A noite a se aproximar...

No sanhaço cor de chumbo
Que devora o marimbondo
Para a fome saciar...

Na paz dos riachos
Nas manhãs de pescaria
Na pacata Lumiar...

Nas estrelas espalhadas
Pela cama... Caídas
De nosso céu particular...

No vinil meio arranhado
Que toca na antiga vitrola
“Ne me quite pás”
“Ne me quite pás”
Rahna
Enviado por Rahna em 21/04/2018
Reeditado em 22/04/2018
Código do texto: T6315337
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