SAUDADE COMO O TEMPO QUE PASSOU
A vida é uma dádiva de encontros,
presentes, amores...
ansiamos pela felicidade,
desejamos curtir,
desfrutar, celebrar sabores...
Desejamos seus encantos
vindos de todos os cantos.
Como foi bom ver
seus pequenos gestos,
suas risadas infantis;
seus atos inocentes,
suas palavras incorretas
deslumbramentos vís...
como é gostoso descobrir
seus próximos encantamentos;
cada dia deixa uma saudade,
do que foi o você: do último momento.
Como é bom cada encontro
que desafia nossas distâncias
como é bom mudarmos a rotina
de nossa própria instância,
do nosso mundo só,
que descortina no depois
o êxtase daquele "oh..."
nosso possível mundo a dois.
Como é bom desfrutar novamente
destas risadas que levemente
já desafiavam a memória;
como foi bom relembrar as traquinagens
de crianças que sem malandragens,
perceberam que embora se cresce,
ainda carrega a alegria e não esquece:
da saudável provocação de risadas,
e descontrações desta vida legadas.
Voltamos aqueles lugares
únicos e marcantes
fizemos de novo,
mas sem tornar-se massante,
daquilo que fora conhecido
novel prazer como o fora antes.
sacamos da saudade os cheiros
e o sabor daqueles temperos
que nos acompanharam crescer;
a gostar, a elaborar diferenças
a construir aquelas crenças
que nos motiva vencer.
rompemos a saudade dos locais
cujas músicas nos inspiraram;
onde as brincadeiras nos divertiram,
onde cicatrizes nos marcaram,
onde deliciosas amizades nos eletrizaram.
como foi agradável conversar dos assuntos novos,
conhecer as novas concepções e ideologias
sabendo que o pensar conjunto
exige amor além de filosofias;
foi desafiador acolhermos o diferente,
entendendo pontos de vistas opositores,
sabendo que desta vida:
nada sabemos, não somos doutores.
Mudar os cursos do diálogo
dos nossos assuntos confortáveis de outrora,
para aqueles que nos desafiam,
convidando-nos a praticar-lhes agora.
Saudade de quando nossos assuntos
eram os desenhos e seriados,
quando as preocupações da vida
podiam ser deixadas de lado;
quando compartilhávamos histórias
e inventávamos piadas,
quando falávamos de amores,
e das ideias de namoradas;
falando também de esportes
e dos assuntos daquela hora
de quando os maiores deveres
eram os que trazíamos da escola.