Adeus, adeus, meu grande amor

Olho para dentro de mim

Não reconheço mais quem sou

Onde há vestígios de morte

Há tempero feito de dor

Embriago-me com tantas venturas

Querendo o sossego dos braços teus

O abraço distante e sereno

Ameno

Silêncio

Adeus

Rasgo as entranhas em desespero

Quero apelo

Peço perdão

Me deito em meio as dunas antigas

Sou minha própria inimiga

Não tenho compaixão

Gritam em mim sentimentos diversos

Estou perplexo

Desespero

Caminho em passos curtos

Para ver se eu me mudo

Para ver se eu imundo

Que arranque meus cabelos

Fios

Laços

De cetim

Anjos

Amargos querubins

O que será ?

O que será de mim ?

Ah, quebranto que suplica

Me falta

Me danifica

Me quebra entre partículas

Sou para tanto pouca estrada

Chego sempre atrasada

Sou em ti

Eu não sou nada

Infeliz vida

Acabada

Acabou

Adeus, meu grande amor.

Bruna S S E
Enviado por Bruna S S E em 11/11/2018
Código do texto: T6499903
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